sábado, 7 de março de 2015

A IDADE GLOBAL


O 11 de setembro marca o começo de uma NOVA ERA na história da humanidade.
A divisão linguística protagonizada pela Torre de Babel está a terminar e a dar lugar ao início de uma uniformização linguística movida pelo fenómeno da globalização.
Estamos a dar os primeiros passos no sentido de uma mudança profunda de mentalidades, de novos desafios que produzam melhorias para a sobrevivência da humanidade.
O ser humano não se vai destruir a ele próprio e procurará encontrar caminhos para se regenerar e viver em paz e harmonia, sempre assim foi e sempre assim será. Para conseguir atingir esse estado de equilíbrio, alguns vão sofrer e ficar pelo caminho, para que outros prossigam e alcancem o desiderato que se pretende atingir, em qualquer circunstância, que é a paz e a felicidade.
A todos em geral é solicitada coragem, para enfrentar os obstáculos que se deparam no caminho, que se preconiza difícil, do confronto entre raças e povos com costumes diversos, adquiridos ao longo de séculos.
Vai ser necessário muita sabedoria para, no diálogo permanente, encontrar soluções para alcançar o bem da humanidade – a serenidade – que todos almejamos no dia a dia.
Os recentes acontecimentos ocorridos em França são um prenúncio dos muitos obstáculos que a humanidade terá de vencer para atingir esse objetivo comum de todo o ser humano que é a felicidade.
É um trabalho que vai levar séculos a concretizar-se, mas acredito que será mais uma conquista do homem enquanto ser intelectualmente evoluído. Para alcançar esta meta, existem algumas ferramentas que é preciso utilizar, dentre as quais destaco; a audácia e a persistência, para enfrentar os confrontos entre costumes e tradições culturalmente diferentes, aceitando-os com tolerância e constituindo um contributo para o enriquecimento global, desprezando e repudiando aqueles que são contrários a esse fim.
A estes atributos subjaz a lucidez e conhecimento adquirido com experiências passadas, valorizando as que contribuem para a melhoria do objetivo final – a felicidade – e desprezando as que são perniciosas e envolvem um fermento destrutivo, capaz de empestar todo o pensamento positivo.
A ansiedade, própria do ser humano, deve ser educada no sentido comum do «devagar se vai ao longe» e combatida naquele «mais vale tarde que nunca» que vislumbra o final de algo.
Os que preconizam o fim do mundo, são os céticos, não os crentes.

Publicado no jornal «A Aurora do Lima», 1915-02-12

Viana do Castelo, 2015-01-18
Manuel de Oliveira Martins

maolmar@gmail.com